Queridos leitores! Desculpem o atrasado! De fato, faz um bom tempo que não escrevo por aqui. Juro que não foi por falta de tempo e nem de inspiração. Sinceramente, bateu uma imensa preguiça que sempre me leva a fazer questionamentos absurdos, típico daqueles que não tem o que fazer e arranjam mil desculpas para ficar ainda mais ocioso balançando na rede, mais ou menos pensando assim, "ahh amanhã eu escrevo" ou "domingo à noite é um dia mais interessante pra escrever", e acabava adiando para o próximo final de semana...
Bom, espero que nesse longo tempo tenham apreciado os textos de Vinícius, novo integrante (terrorista) do blog. Quem mais quiser ou tiver o interesse de participar do blog basta se manifestar, estamos aceitando novos membros!
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Alguns meses atrás, eu estava descendo aquela gelada no apê da minha prima e, como a cerveja é uma bebida extremamente diurética, acabei me deslocando para o banheiro. Lá no Templo Sagrado Hinduista (já escutaram ruídos estranhos do tipo "huuuummmm" dentro do banheiro? São orações para a Deusa Shiva, a Donzela da Destruição, rezam alguns sábios indianos) após um breve balanço para que as gotas não molhassem minha cueca, observei atentamente as figuras localizadas sobreposta no papel higiênico ao lado do vaso sanitários. Nesta folha, encontrei desenhadas figuras delicadas de coelhos e flores, além de um aroma muito agradável muito parecido com essência de jasmin.
Eu até hoje me questiono qual a necessidade destes desenhos infantis e perfume adocicado delineando nosso orifício mais profundo que apenas serve para retirar excessos dos dejetos mais podres que nosso organismo expele. Olhando para um cachorrinho ou para um passarinho ficarei mais relaxado e passarei o papel higiênico mais suavemente ou o cheiro que exala deste papel será capaz de aplacar aquele oriundo de nossas bundas???
A real análise psicológica sobre todos esses qualitativos do rolo de papel em cartolina e sua influência na vida social e pessoal dos indivíduos merece uma observação carinhosa em momento oportuno. A idéia do papel higiênico, na verdade, remeteu-me as grandes idéias proferidas pelos filósofos gregos. Não precisa ser nenhum ganhador do Prêmio Nobel pra saber que absorvemos boa parte dos pensamentos helenísticos, desde princípios sobre política a noções nucleares de estéticas que permeiam e permearão por todo sempre e amém no (onde mesmo?) mundo. O legal é perceber que nada disso mudou. Os postulados estão essencialmente intocáveis. É como se nada fora alterado e que apenas houve alguns remendos, como um pneu depois de certo tempo de usado, que as pessoas em volta apenas remendassem aquilo que já foi utilizado.
É mais ou menos como o papel higiênico, não se conseguiu criar nada novo apenas acrescentaram algumas coisas para enrolar na massa pastosa marrom com a finalidade de amenizar o odor peculiar que se espalha sem qualquer solução.
Perguntas como "O que devo fazer?" ou "Por que eu nasci?" ou "Pra que serve o ser humano?" estão rolando faz algum tempo sem nenhuma resposta. Raulzito (toca Raul!!!!) descreve isso sem muita embolação na música "Eu também vou reclamar": "E as perguntas continuam sempre as mesmas, Quem eu sou?, De onde eu venho, Onde eu vou dar? (sem duplo sentido nessa parte, por favor! hehehehe!)".
Por isso que depois desse texto, eu decidi ir ao banheiro, sentar no Trono Álvaro, fazer todas as preces para a Deusa Shiva para que elimine todas as impurezas do meu Universo Particular prometendo que lhe oferecerei coelhos fofinhos, cachorrinhos mansinhos, flores silvestres, casas bem localizadas e as essências das rosas dos Alpes Suíços apenas com uma passagem sincera das mãos naquilo que mais protegemos, porém que nós mais desprezamos. Nosso %$!!!!!!!