segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tragicômico fim do coroa barbudo

Bom, queridos amigos, faz tempo que não escrevo por aqui, mas creio que agora, com várias idéias aparecendo numa velocidade incrível, vou escrever cada vez mais.
Esses dias, aconteceu uma fatalidade, rasparam minha barba! Calma! Não foi um ato intencional, foi apenas uma pequena falta de compreensão nos termo utilizados. Cheguei no barbeiro e falei pra ele fazer "barba, cabelo e bigode" numa alusão a uma expressão muito utilizada maliciosamente pelos amigos em mesa de bar quando comentam sobre a desenvoltura das mulheres entre quatro paredes. Além disso, frisei que queria que ajeitasse minha barba, pois estava um pouco torta e esteticamente inaceitável. Ali estava eu sentado lendo uma Playboy (É verdada! Lá tem matérias interessantes!)  entretido com a entrevista de Paulo Coelho e, de repente, vejo um grande talho na minha barba feita pelo barbeiro na máquina zero! Que tristeza... mas nada que estresse, afinal, ela cresce. Aliás, recebi uma série de críticas e elogios desde descaracterização da figura que represento (que até agora não entendi que figura seria esta) à jovialidade aparente que se manifestou pela ausência da barba. Enfim, por que comentar este fato tão simples? Isso gerou uma reflexão gostosa sobre a barba no mundo contemporâneo! 
Notem que a barba pode manifestar diversas opiniões tanto favoráveis como reprováveis. Hoje é visível a demostração de poder que ela manifesta. Observem que a figura máxima de representatividade da nação brasileira usa barba, nosso querido Lula. Outras pessoas entendem como novo seguimento da moda. Observem que a moda da barba "mal feita" aparece nos grandes astros, como Rodrigo Santoro, Henry Castelli e internacionalmente por Johnny Depp (e por ninguém menos que Klaus Moreira Ribeiro!). Já para meu primo numa de suas músicas declara que a barba crescendo seria como grito de dor. 
A grande associação que fazem é que seria uma singela homenagem para uma das minhas bandas favoritas, Los Hermanos. Acho que por fim, a barba apresenta toda uma sequência lógica que comina no jeito de vestir e de como penso sobre o mundo. Sempre foi criticado pela forma que eu me visto. A aparência largada para uns, despojada para outros sempre foi motivo de controvérsia. Pra mim, a barba representa uma a oposição a forma de querer ser agradável visualmente a todos. Não sou adepto da busca da felicidade pela materialidade imposta pelas propagandas da televisão, pela indústria da moda e pela marcas de jeans e tênis. Por outras palavras, não acho que a exterioridade dos valores, isto é, se são mesmo valores, agregados as pessoas pela utilização de um tênis Nike, uma camisa da Levi's para serem aceitas pelas pessoas são condições efetivas para desenvolver um bom diálogo com os meus iguais. 
Por isso que talvez seja tão agradável seguir as tendências da moda, fazer parcelamento de um tênis em 10X ou de um celular com tantas funções inúteis apenas para conseguir um conforto aparente de ser aceito pela sociedade pelas coisas que possui, não enfaticamente pelas tuas idéias e pelo carinho que possa transmitir.
Reggueiro, maconheiro, largado, bagunçado, franelinha, alternativo, sem noção, socialista ou anarquista.

Eu sou Klaus Moreira Ribeiro, o Coroa Barbudo, assim denominado pelos meus amigos. E tu???? O que és mesmo????